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quarta-feira, 13 de julho de 2011



Ditados Gaúchos















Mais tranqüilo que aguá de poço

Mais chato que cabeça de prego
Mais perdido que cusco em procissão
Mais apertado que piolho em costura
Mais duro que pau de preso
Mais difícil que mergulhar de pala
Mais escondido que orelha de freira
Mais solto do que peido em bombacha
Mais preto do que chaleira de galpão
Mais enrugado do que pescoço de peru
Mais perdido que cego em tiroteio!
Mais chato que chinelo de gordo
Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro
Mais a vontade do que galo em galinheiro
Mais batido que mondongo em boca de véia!
Me caiu os butiá dos bolsos
Esgualepado que nem cincha de bagual!
Amarga como erva caúna!
Vivo como cavalo de contrabandista!
Alegre como paisano a meia guampa!
Esfarrapado que nem poncho de gaudério!
Anda como pau de enchente!
Foi se enfiando que nem percevejo em costura!
Tem mais talho do que tábua de picar carne!
Mais encardido do que cueca de viajante.
Mais enrolado que namoro de cobra.
Mais grosso que dedo destroncado!
Mais exibido do que político em campanha.
Mais cheio do que velório de rico.
Mais achegado que gato em pelego.
Mais engraxado que telefone de açougueiro.
Mais feio que briga de foice no escuro!
Mais perdido que surdo em bingo!
Mais faceiro que guri de bombacha nova.
Feliz que nem ganso em taipa de açude.
Mais feio que tombo com as mão no bolso.
Mais enfeitado que penteadeira de china.
Mais largado que estância de viúva.
Quieto como guri cagado em porta de rancho.
Mais faceiro que véio de chapa nova!

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